terça-feira, 5 de agosto de 2014

Homossexual e católico

Tema realmente espinhoso e difícil de ser abordado, sem ferir suscetibilidades pessoais e normas da moral, é esse do homossexualismo. A revista MARIA AUSILIATRICE, de  Turim, norte da Itália, divulgou em sua edição de julho/agosto deste ano, interessante entrevista com o jovem Philippe Ariño  que, sobre o tema publicou um livro que causou grande impacto, com o título: “Homossexualismo contra a corrente.”
Ariño nasceu na Espanha há 34 anos e vive em Paris, onde ensina espanhol e comunicação. Depois de ter vivido uma série de experiências  e relacionamentos, há três anos deixou o companheiro com quem vivia e,  como diz no subtítulo de seu livro, passou a “viver conforme  a Igreja e ser feliz”.
Disse ele à revista salesiana de Turim: “O mundo não se divide entre homosexuais de um lado e heterosexuais do outro, mas sim entre homens e mulheres. A homossexualidade é o sinal do não encontro entre o homem e a mulher e a ruptura dos homens com Deus. É uma ferida que eu escolhi denunciar, para ajudar as pessoas homossexuais a sair do sofrimento da prática da homossexualidade e as pessoas heterossexuais a compreender que a prática da homossexualidade não é outra coisa senão a incapacidade de amar-se na diferença dos sexos.”
                Sobre o impacto que a divulgação de sua nova atitude diante do sexo está causando, ele explicou: “Eu deixei aquele comportamento não por falta de algo melhor,  uma desilusão amorosa ou espécie de orgulho de praticar atos que a moral cristã condena. Deixei porque aqueles atos não me bastavam e hoje, ao invés, a continência me satisfaz totalmente. Não é  o número das escolhas amorosas que determinam o grau de nossa  felicidade, mas sim a escolha integral por uma única pessoa, seja ela o que chamam de sexo oposto, ou seja  Jesus Cristo.”
                E com vigor, ele explica: ”Propor o caminho da continência a uma pessoa homossexual, sem convencê-lo da presença de Jesus na sua vida, que Ele existe, é nosso amor e nossa segurança, equivale a dar-lhe uma corda para enforcar-se.”
                Sobre seu papel na Igreja hoje, esclarece: “Minha condição atual me permite desempenhar um papel, que nenhum padre ou religioso poderia realizar. Tenho visto nos debates e nas palestras que realizo, que meu testemunho pessoal de homossexual, hoje continente,  causa grande impacto nos jovens, nos menos jovens e nos religiosos. Eu, pobre  leigo sem valor, constato que recebi de Deus um carisma especial de libertação para alguns pregadores na Igreja que não teriam exemplos concretos de homossexuais continentes.”
                A revista salesiana de Turim conclui fazendo notar: “Teu testemunho parece não excluir a santidade...”  Ao que, Ariño respondeu: “Sem dúvida! É que Deus se serve de qualquer madeira para acender o fogo. Mirar à santidade significa  apontar para a perfeição e ser santificados por Alguém infinitamente maior que nossas ações e nossos méritos. Estou convicto que se abrirmos nosso coração para acolher o ‘escândalo’ da cruz de Cristo e da virgindade fecunda de Maria, seremos todos – homossexuais ou não – SANTOS!”


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