quarta-feira, 26 de junho de 2013

OS MÉDICOS E O ABORTO



               “Cristãos de salão”, na original expressão do Papa Francisco, parece-me serem os cristãos não comprometidos com as exigências duras do Santo Evangelho, tais como: a fidelidade conjugal com a indissolubilidade do matrimônio e, sobretudo, para os dias atuais, a fecundidade do casal cristão, repudiando formas de controle da natalidade por métodos não-naturais, o amor irrestrito ao dom da vida, expresso no repúdio ao aborto e às outras atitudes contrárias à vida, tais como alcoolismo,  droga,  prostituição e outras.
               Informa-nos o boletim do movimento Pró-vida de Anápolis (Goiás): “Em l2 de março deste ano, o Conselho Federal de Medicina emitiu um ofício circular nº 46/2013, comunicando que no Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina, realizado de 6 a 8 de março p.p. em Belém do Pará, deliberou-se por maioria apoiar a descriminalização do aborto em todos os casos propostos pelo projeto Sarney nº PLS 216/2012, por simples vontade da gestante até a 12ª semana de gestação. Frase confusa da carta dá conta de que não se decidiu serem os Conselhos de Medicina favoráveis ao aborto, mas, sim, favoráveis à autonomia da mulher e do médico.”
               O pneumologista Dr. Edson de Oliveira Andrade, que foi presidente do Conselho Federal de Medicina de 1999 a 2009, citado pelo mesmo boletim, assim comenta a estranha decisão do CFM: “Quando nos ouviram sobre o assunto? Quando perguntaram aos médicos brasileiros o que eles pensam sobre o aborto? Nem antes nem agora. O pensamento do CFM pode ser da maioria de seus membros e nunca nossa posição sobre o assunto. Pelo menos até que se consulte os mais de 300 mil médicos brasileiros...”
Palavras duras e muito sinceras tem a jornalista Rachel Sherezade, do SBT, comentando a decisão pró-aborto do CFM: “A indefensável defesa do Conselho Federal de Medicina à causa do aborto traz em si uma contradição abominável. Médicos que deveriam salvar vidas apoiam a morte. Que vergonha! Consideram inaceitável mulheres morrerem em abortos ilegais, mas defendem a morte de crianças em abortos legais. Do alto de sua arrogância, o Conselho quer sentenciar qual vida tem mais valor.” E acrescenta maliciosamente: “Ou será que o Conselho está de olho em  novo nicho de mercado?...”
Podemos concluir: O aborto está para a medicina como a morte está para a vida, como o ‘não’ está para o ‘sim’. Já na era pré-cristã, o juramento de Hipócrates fazia os médicos se comprometerem a nunca fornecer a uma mulher qualquer substância abortiva. Os 300 mil médicos brasileiros não foram consultados e nem apoiariam essa proposta infame, que contradiz a própria razão de ser da medicina: SALVAR VIDAS.


Um comentário:

  1. Dom Edivaldo, sua benção!

    De fato nós, a imensa maioria dos médicos, não foi ouvida. E a defesa da "autonomia da mulher e do médico" foi tão mal explicada que deverá cair por si só...

    Gostei muito do seu blog, vou segui-lo.

    Bom domingo!

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