“Cristãos
de salão”, na original expressão do Papa Francisco, parece-me serem os cristãos
não comprometidos com as exigências duras do Santo Evangelho, tais como: a
fidelidade conjugal com a indissolubilidade do matrimônio e, sobretudo, para os
dias atuais, a fecundidade do casal cristão, repudiando formas de controle da
natalidade por métodos não-naturais, o amor irrestrito ao dom da vida, expresso
no repúdio ao aborto e às outras atitudes contrárias à vida, tais como
alcoolismo, droga, prostituição e outras.
Informa-nos
o boletim do movimento Pró-vida de Anápolis (Goiás): “Em l2 de março deste ano,
o Conselho Federal de Medicina emitiu um ofício circular nº 46/2013,
comunicando que no Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina, realizado de 6
a 8 de março p.p. em Belém do Pará, deliberou-se por maioria apoiar a
descriminalização do aborto em todos os casos propostos pelo projeto Sarney nº
PLS 216/2012, por simples vontade da gestante até a 12ª semana de gestação.
Frase confusa da carta dá conta de que não se decidiu serem os Conselhos de
Medicina favoráveis ao aborto, mas, sim, favoráveis à autonomia da mulher e do
médico.”
O
pneumologista Dr. Edson de Oliveira Andrade, que foi presidente do Conselho
Federal de Medicina de 1999 a 2009, citado pelo mesmo boletim, assim comenta a
estranha decisão do CFM: “Quando nos ouviram sobre o assunto? Quando
perguntaram aos médicos brasileiros o que eles pensam sobre o aborto? Nem antes
nem agora. O pensamento do CFM pode ser da maioria de seus membros e nunca
nossa posição sobre o assunto. Pelo menos até que se consulte os mais de 300
mil médicos brasileiros...”
Palavras duras e muito sinceras
tem a jornalista Rachel Sherezade, do SBT, comentando a decisão pró-aborto do
CFM: “A indefensável defesa do Conselho Federal de Medicina à causa do aborto
traz em si uma contradição abominável. Médicos que deveriam salvar vidas apoiam
a morte. Que vergonha! Consideram inaceitável mulheres morrerem em abortos
ilegais, mas defendem a morte de crianças em abortos legais. Do alto de sua
arrogância, o Conselho quer sentenciar qual vida tem mais valor.” E acrescenta
maliciosamente: “Ou será que o Conselho está de olho em novo nicho de mercado?...”
Podemos concluir: O aborto está
para a medicina como a morte está para a vida, como o ‘não’ está para o ‘sim’.
Já na era pré-cristã, o juramento de Hipócrates fazia os médicos se
comprometerem a nunca fornecer a uma mulher qualquer substância abortiva. Os
300 mil médicos brasileiros não foram consultados e nem apoiariam essa proposta
infame, que contradiz a própria razão de ser da medicina: SALVAR VIDAS.
Dom Edivaldo, sua benção!
ResponderExcluirDe fato nós, a imensa maioria dos médicos, não foi ouvida. E a defesa da "autonomia da mulher e do médico" foi tão mal explicada que deverá cair por si só...
Gostei muito do seu blog, vou segui-lo.
Bom domingo!